Saturday, May 19, 2012

Der Untergang des Abendlandes


«Mais do que de perda de referências, é de uma perda de magnetismo que se trata hoje. Vive-se uma desmagnetização geral dos valores, e sem valores pode haver chefias, mas não há lideranças. Pode haver impulsos, mas não há soluções. Pode haver gestão, mas não há visão. Lidamos hoje com um mundo em intensa transformação, o que o Ocidente sente como um drama, mas o resto do mundo vê como uma fantástica oportunidade. Todos os dias verifico isto mesmo nas reuniões da UNESCO: um mundo entusiasmado face a um Ocidente desmoralizado. A energia emergente que se contrapõe à fadiga declinante, com Darwin a sugerir a todos e a cada um o seu provável futuro. O Ocidente, e nomeadamente a Europa, aparece cada vez mais como um bloco conservador, nostalgicamente à espera que o tempo volte para trás - aí a meados da década!... -, quando a ilusão do seu natural domínio mundial se começou a esfarelar. Mas não haverá regresso
Manuel Maria Carrilho, ontem no DN