Saturday, May 19, 2012

O voto monárquico


Nós, monárquicos, só votaremos na terceira volta das eleições; ou seja, naquelas eleições em que livremente pudermos escolher entre a forma republicana e monárquica de regime.

Nós, monárquicos, não fazemos favores nem amparamos ambições usurpadoras de uma chefia de Estado imparcial, independente, acima de partidos e ideologias, longe de clientelas e adversa, por instinto e natureza, às vaidades tolas e aos carreirismos chupistas.

Nós, monárquicos, queremos um Rei que presida às repúblicas que fazem Portugal, que dispense CV e publicidade enganosa.

Nós, monárquicos, somos monárquicos porque não queremos esta república, pelo que votar naqueles que alimentam a ilusão republicana constituiu a mais rematada contradição. Os 700 ou 800 mil monárquicos de verdade [e não só de palavras] às urnas só acudirão empurrados pela falácia do mal menor. O mal menor é sempre mal, pelo que a única maneira de não sujar as mãos e a consciência colaborando algo que nos repugna - que é mau para Portugal - é ficar em casa, não participar na encenação e não falar sobre, não comentar, não exprimir a mais leve e inocente opinião sobre esta "eleições". Domingo, não votar. Segunda-feira, falar sobre o estado do tempo, os saldos ou os planos para o almoço.