Saturday, May 19, 2012

A soma da paródia: 500, 500, 50, 50, 50 = 1150


Hoje, na Praça do Município estavam 500 comensais do regime, 500 actores empregados pelo regime, 50 passeantes domingueiros, 50 celebrantes da República das Bananas e 50 Darth vader's. Foi uma paródia, acentuada pela gravitas dos hierarcas, pelo sono incontrolável de Maria Barroso e pela fila a perder de vista de ex-presidentes e candidatos a presidente. A polícia esteve nervosa, incomodando o inofensivo protesto dos Darth vader's no meio da mascarada que foram estas celebrações milionárias, sem gosto e a puxar ao "cerebral", como o são, aliás, todas as encenações dos muitos ministérios da propaganda que por aí se entrechocam para ver quem pode sorver mais verbas para coisas sem préstimo, destinadas aos Públicos, aos DN's e às SIC's. Foi, perdoe-se-me o plebeísmo, uma pepineira, com os pós de pirlimpimpim que as senhoras e senhorinhos do "partido cultural" do regime conseguiram, em extremos, arrancar. Falta solenidade, falta perspectiva, falta, até - coisa que a mais refinada e malsã máquina de dourar mentiras que é a república francesa - faz às maravilhas: dar um toque de grandeza. É o regime que está velho, que perdeu a graça e se fecha no seu pequeno mundo pelintra e micro-burguês coberto com a película do dinheiro novo do funconalismo e parasitismo dos "aparelhos". No fundo, já ninguém acredita naquilo e missa sem um toque de pompa e incenso não é missa: é uma paródio. Foi isso que aconteceu hoje na Praça do Município.

O mesmo não aconteceu em Guimarães. Ali não houve verbas do Estado, empregados das geringonças e outros que vivem no aquário, propaganda e palmas compradas. Seriam 1000, talvez um pouco menos, mas ali foram sabendo ao que iam e sem promessa do tal lugar atrás da secretária no ministério, na secretaria de Estado, na Fundação ou na junta. A diferença é esta. A república e a mesnada de senhores que alimentam o mito e por ele são amesendados conseguiu a proeza de, em 100 anos, não conseguir explicar aos portugueses o que isso é. Quanto à monarquia, 100 anos depois, todos a sabem definir.