A Senhora Clinton afirmava anteontem não ser o "presidente Hassad indispensável ao futuro da Síria" e que "Kadhafi é parte e não solução" do problema líbio, atalhando ser o Chefe-de-Estado da Líbia um "homem inculto e sem preparação". De facto, a imensa autoridade moral e técnica dos norte-americanos é coisa que ninguém contesta, sobretudo se tivermos presente esse friso de notabilidades, governantes cultos, lidos e profundos que comandaram os destinos desse império ao longo das últimas décadas: Carter, Reagan, Bush I, Clinton, Bush II e Barama Obaka (ou Bamaka Obara?).
Se não lermos as obras completas de Berlusconi, opera magna do Sr. Sapateiro, antologias de Angela Merkel e as silvae de Sarkozy corremos grande risco de nos reduzirmos a cegos que jamais viram a luz. Para um Ocidente que jamais foi governado por gente tão iletrada, é preciso ter topete para avaliar com ares de cátedra quem quer que seja. O Ocidente acéfalo, improdutivo e cínico, mais os seus tiques micro-burgueses, enerva-me. Estamos, que fatalidade, condenados a ser dirigidos por gente sem biblioteca.
