O João di-lo com clareza, pelo que não é necessário acrescentar uma palavra. Não gosto, decididamente, de ouvir um ex-chefe de Estado referir-se a terceiros nos termos em que o licenciado Mário Soares o fez repetidamente num programa de travo memorialístico-vindicativo. Aos apodos de "gajo" e "tipo", generosamente distribuídos, somou-se um quase desprezo pelos "bons tipos", aqueles que não sendo "gajos" nem "tipos" (os adversários), se situam no patamar dos pobres-diabos satelizados. Mas nada disto é novo. Ainda há semanas, um professor universitário referia-se publicamente a SAR como "um bom tipo". Não gostei, mas não é esta a factura que todos pagamos pelo declínio irresistível para o atoleiro do rasca?