Reunião de chefes de governo da União
A moda pegou, mas denuncia vergonhosa submissão neo-colonial. Ontem ouvia Ana Gomes - que está cada vez mais uma "hermanfrodita", um daqueles dos bonecos do Herman - e reparei no tom sopeiral de reverência mascarada de insubmissão sempre que nomeava a chanceler alemã. A "Senhora Merkel" para aqui, a "Senhora Merkel" para ali, numa tão despropositada forma de tratamento que acabei por concordar. Afinal, Ana Gomes tem razão. Aqueles chefes de governo que vão a Berlim genuflectir ante a campónia feita sucessora de Bismarck, comportam-se como a criadagem. Na copa, dão largas à intrigalhada própria de cozinheiras, mulheres da limpeza, lavadeiras, mordomos e jardineiros, mas mal acedem à parte da casa destinada aos "senhores", a espinha dobra-se-lhes instantaneamente.